Brasil comemora aniversário do levante antidemocrático na capital

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By Sohaib



Um ano depois, o Brasil tem se esforçado para superar o que o presidente do Supremo Tribunal, Luís Roberto Barroso, chamou em um artigo publicado segunda-feira pelo jornal Folha de S.Paulo de “o ataque mais virulento às instituições do país” desde o fim da ditadura militar. há quase quatro décadas.

Ao contrário dos EUA, o Judiciário do Brasil já deixou Bolsonaro de lado. No ano passado, o tribunal eleitoral do país proibiu-o de concorrer novamente a um cargo público até 2030. O caso não estava relacionado com os tumultos, mas dizia respeito às suas repetidas e infundadas alegações de que o sistema de votação electrónica era susceptível de fraude.

E a maioria dos brasileiros parece estar se unindo em torno da bandeira da democracia promovida por Lula desde que assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2023. Uma pesquisa de dezembro realizada pelo pesquisador Quaest descobriu que 89% dos brasileiros entrevistados viram a revolta do ano passado de forma negativa.

Também houve tentativas de responsabilização nos EUA: cerca de 1.200 pessoas foram acusadas por causa da insurreição de 6 de janeiro, e Trump enfrenta acusações federais e estaduais por tentar anular os resultados das eleições de 2020. Ele foi impedido de votar em dois estados em um assunto que agora será levado à Suprema Corte dos EUA.

No Brasil, o Ministério Público Federal apresentou acusações contra mais de 1.400 pessoas pelo seu papel nos tumultos. Mas o Supremo Tribunal condenou apenas 30 pessoas desde a primeira condenação, em Setembro. Muitos dos visados ​​afirmam que estão a sofrer perseguição política. O Supremo Tribunal também está investigando Bolsonaro por seu papel na insurreição.

Até agora, os oficiais superiores das forças armadas também escaparam à responsabilização, embora vozes importantes, como os juízes do Supremo Tribunal e os líderes da oposição, tenham afirmado que alguns, pelo menos, foram cúmplices.

Em outubro, um painel de legisladores do Congresso, em sua maioria aliados de Lula, concluiu que Bolsonaro orquestrou os tumultos como parte de um esforço conjunto para destituir Lula do cargo. Eles disseram que os motins não poderiam ter ocorrido sem a cumplicidade de alguns dos mais altos escalões militares e policiais.

O relatório pedia a acusação de 22 militares, incluindo os então chefes da Marinha e das Forças Armadas do Brasil, e o ex-ministro da Defesa e companheiro de chapa de Bolsonaro, general Braga Netto.

Até o momento, nenhuma ação foi tomada contra nenhum deles.

Na manhã de segunda-feira, a polícia cumpriu 46 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão, disse a polícia. O mandado de prisão tinha como alvo uma pessoa que supostamente contratou um ônibus para transportar manifestantes do Nordeste do Brasil para Brasília, segundo a Folha de S.Paulo.

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